A COMPANHIA DE POLÍCIA MILITAR 1443, embarcou de Lisboa para Luanda no dia 24 de Julho de 1965, juntamente com o PELOTÃO DE POLÍCIA MILITAR 1019, para uma comissão de serviço de dois anos. O regresso a Lisboa foi no dia 24 de Agosto de 1967. Foi Comandante desta Companhia o então capitão José Carvalho de Andrade, sendo o 2º Comandante o então alferes Azevedo, (Luís de Bívar Possolo de Azevedo).
26/08/2012
Golegã 25 de Agosto de 2012
O nosso convívio deste ano na Golegã foi como se esperava um dia de alegria e de grande camaradagem.
Devido à preciosa colaboração e à dinâmica do nosso amigo Fernando Alves, tudo esteve dentro da harmonia que é habitual nos nossos encontros.
Foi notada a ausência de vários elementos da CPM 1443 e do PPM 1019, devido a problemas de saúde deles ou dos seus familiares. Para eles vão dirigidos os votos de rápidas melhoras e muita saúde.
Compareceu pela primeira vez o Brandão do 2º Pelotão que está emigrado em França e que foi recebido com muita amizade e alegria, como é apanágio do pessoal da CPM 1443 e do PPM 1019.
Para todos os presentes desejo-lhes muita saúde para que o nosso próximo encontro os possa acolher como merecem.
Para todos um grande abraço.
26/06/2012
HOMENAGEM AO "ALFERES GRIFO BRANCO"
Ele que foi, em todas as fases da sua vida, um verdadeiro combatente, não resistiu à traição da doença, embora a tenha enfrentado com a coragem e a hombridade que lhe eram geralmente reconhecidas.
Ligava-me ao Joaquim Pedro Monteiro uma velha amizade, construída em Lanceiros 2, consolidada em dois anos intensamente vividos em Angola e mantida ao longo do tempo.
Posso, assim, testemunhar as excepcionais qualidades de Homem e de condutor de homens que o caracterizavam e o genuíno empenho e permanente entusiasmo que punha em todas as suas acções em que se comprometia.
O Joaquim Pedro Monteiro foi, na verdade, um exemplo e uma referência para todos os que com ele privaram, em particular, os homens do seu pelotão, os seus "grifos brancos", e todo o pessoal da CPM 1443, que nunca esquecerão a figura inconfundível do Alferes Monteiro.
Recordo com emoção, uma acesa discussão que tivemos, a propósito do comando da 1ª escolta da Companhia: ambos nos havíamos proposto, eu por ser o mais antigo, ele por ser o mais moderno.
O diferendo azedou e mantivemos relações tensas durante algum tempo, até que decidimos, de comum acordo, resolver a questão pessoalmente, sem limites, numa sala do quartel, fechada à chave.
Depois de muitos berros, palavrões e quase confrontação física, acabamos com um grande abraço.
Que saudades Joaquim Pedro!
Luís Bivar de Azevedo
Alferes adjunto da CPM 1443
(Novembro de 2010)
04/06/2012
Os nossos camaradas que partiram...
Aires Gomes Cândido
Albino de Jesus Martins
Américo Rodrigues Cruz Santos Carvalho
Aníbal Gomes dos Santos
António Almeida Pereira
António de Brito Carvalho Horta
António dos Santos Carmo Reisinho
António Ferreira Mendes
António Francisco da Silva
António João Monteiro Valtelhas
António José Mirador Batalha
António José Pratas Lourenço
António Lourenço Soares
Arnaldo João Madeira de Brito
Arnaldo Vaz Gonçalves
Artur Manuel Lopes de Madureira Osório
Caetano da Luz Reis
Carlos Lúcio Pimentel Alves
César de Jesus Silva
Fernando Afonso Teixeira
Fernando Carvalho
Fernando da Fonseca Gomes
Fernando Rodrigues
Francisco David Lopes
Francisco Leite Pereira
Francisco Manuel Rim Fava
Francisco Monteiro Filho
Francisco Torrão Roberto
Gualter Soares
Jaime Sousa Bernardino
João Machado dos Santos
João Manuel Pereira dos Santos
Joaquim de Freitas
Joaquim Pedro Pinto da Cruz Monteiro
José Álvaro Ferreira Rodrigues
José Alves Canotilho
José Carvalho de Andrade
José Castro Marinho
José de Jesus Lourenço
José Evangelista Guerreiro Monge
José Gregório Estevam da Silva
José Luís Ferreira de Campos
José Maria Agostinho
Juvenal Carapinha Lima
Luís Chaves Rodrigues
Manuel António Melão
Manuel da Silva Azevedo
Manuel Ferreira Galinha
Manuel Jesus dos Santos
Manuel Rosado Brites
Mário Matias de Oliveira
Paulino Martins Ribeiro
Pedro Júlio Alcobia Galinha
Policarpo Viegas dos Santos
Reinaldo Pinto dos Santos
Rogério da Silva Sousa
Rui Manuel Macedo Martins
Teófilo Duarte Ferreira Fortes
Vítor Manuel Carmo Gonçalves
(75)
O aerograma
O Aerograma
Henrique Carvalho, que foi 1.º cabo no BArt 3861 costuma prendar-nos com alguns poemas e, desta vez, diz-nos: “Aqui está uma coisa que me parece curiosa. Por causa dos textos autobiográficos das minhas aprendizagens para o 12.º ano nas Novas Oportunidades, busquei algo sobre a vida militar. Descortinei o aerograma. Há dias ao olhar de novo este intenso meio de comunicação com namoradas, amigos e familiares, dei asas ao coração e saiu-me o texto que o acompanha.
"Parece-me que vai fazer recordar muita coisa. Trazer saudades e muita paixão. E, quem sabe, algum remorso e raiva. Fez amores e desamores...
“Naquele tempo a maioria dos namorados/as não falavam em beijinhos nem abraços, mas como a perspicácia aguça a astúcia, escrevia-se ou faziam uns desenhos com tinta de várias cores, em traços ou pintinhas formando lábios, corações, olhos, lágrimas, seios, e até esboços de órgãos genitais como mensagem de amor e paixão. Vi disso.
“Vi um “aero” escrito de tal forma e em letra miudinha, que apresentava a namorada de um magala nua, segundo ele, era uma imagem perfeita. Uma autêntica obra de arte.
“O aerograma foi muito importante para a nossa comunicação com familiares, amigos e namoradas.
“Era oferecido pelo MNF - Movimento Nacional Feminino”.
Os aerogramas
O “Aero” de ténue cor
E de feieza acentuada
Levava e trazia a dor
E notícias da namorada.
Escrevíamos no interior
Também escrevíamos nas abas
Muitas promessas de amor
Para as nossas namoradas.
Neles, recebíamos delas
Frases dizendo desejos
Desenhos e pinturas belas
Mostrando abraços e beijos.
Era nos disfarces das tintas
Que se mostrava a paixão
Trabalhos com muitas pintas
Salpicados emoção.
Corações, lágrimas, lábios
Desenhados a mil cores
E outros traços belos e sábios
Dizendo mensagens maiores.
Corríamos ansiosos
Quando o clarinete chama
Que momentos amorosos
Ao lermos o Aerograma.
Era grátis, prático e feio
E tinha uma forma esquisita
Dobravam-se as abas e a meio
E colava-se com aquela fita.
Depois da direcção posta
Dávamos-lhe um beijo de amor
Salvo se a resposta
Fosse de raiva e rancor.
Alguns causaram paixões
Que deram em casamento
Outros finaram ilusões
De promessas sem sentimento.
Foram para madrinhas de guerra
Vizinhos, familiares e amigos
O Aerograma encerra
Segredos dos quatro sentidos.
Henrique António Carvalho
2009/06/20
Hino do Pelotão de Polícia Militar 1019
Hino do Pelotão de Polícia Militar 1019
I
O quarto pelotão
Não tem rival
Somos os "Rinos,
De Portugal.
II
De Portugal
Da Terra amada
Somos os "Rinos"
Não somos mais nada.
III
Não somos mais nada
Somos independentes
Somos os "Rinos",
Homens valentes.
IV
Homens valentes
Homens p'rá guerra
Para defendermos
A nossa Terra.
V
A nossa Terra
No Ultramar
Nós somos "Rinos"
Queremos lutar.
VI
Queremos lutar
Queremos defender
Seremos "Rinos"
Até morrer.
VII
Até morrer
Pela vida fora
Nós somos "Rinos"
Gritemos agora.
VIII
Gritemos agora
"Rinos" gritemos
Nascemos "Rinos"
"Rinos morreremos.
Rinos... Rinos... Rinos...